Abro os olhos e aqui estou eu.
Deitado em meu leito, em um apartamento no centro da capital que já foi indicada pelo "Population Crisis Commitee" como a metrópole com melhor qualidade de vida na América Latina.
Qualidade de vida essa que tenho buscado desfrutar, seja brincando de malhar no parque municipal, uma incrível área verde bem no meio da sexta cidade mais populosa do país, andando pelas ruas do centro a noite, tentando ver a cidade com outros olhos, sentindo o vento noturno de verão tocando meus braços ou ainda me deliciando com um item de fast food e depois me divertindo, arriscando algumas fichas em um fliperama, coisa que nunca fiz bem, dentro de um shopping sem me importar com os olhares alheios.
Incrível como uma pessoa do interior conseguiu se adaptar rápido a dormir com som de sirenes e acordar com buzinas de carros guiados por motoristas impacientes que acreditam piamente que, apertando um botão no volante e acionando o dispositivo sonoro de seu veículo, conseguirá fazer o sinal de trânsito mudar de vermelho para verde mais rápido ou "dar vida" ao carro da frente que "morreu".
A questão é: Até quando estarei aqui? Por mais quanto tempo? Deixarei de habitar esta cidade por conta de uma fatalidade ou de uma oportunidade?
Perguntas ainda sem respostas.