sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Sweet Child o Mine

Todo homem precisa de rock em sua vida. É como oxigênio, essencial para se manter vivo. A diferença entre o oxigênio e o rock é que todos nascem necessitando de oxigênio, já com o rock é diferente. Alguns nascem com uma pré-disposição ao rock. É um "dispositivo" que fica ali até ser ativado e quando isso ocorre... Oh My God!
Como falar de rock sem mencionar o Rock in Rio, Metallica, Rolling Stones e claro, Guns 'n Roses?
O Metallica está em turnê pelo Brasil (rápido Júnior, pense em outra coisa) e infelizmente não vou no show (Droga, tempo esgotado. Hora da depressão!).
Rolling Stones eu tive o prazer de ver ao vivo na praia de Copacabana. Ok, um tanto quanto afastado do palco, mas valeu!
Já o Guns tem show marcado em Belo Horizonte, cidade na qual resido no momento, dia 10 de março. Os ingressos começaram a ser vendidos na última quarta, dia 27. Meu primo/irmão/filho, de 14 anos também nasceu com o pré-dispositivo para o rock (tks God!) e esse já foi ativado. O muleke adora Guns 'n Roses, dentre outras bandas.
Quarta-feira, 12H15min lá estava eu chegando na bilheteria da ticketmaster, que só bare as 12h, para comprar os ingressos. Fila gigantesca! 0.0
Fui caminhando pela lateral da fila, um bando de gente, aí cheguei no último da fila, ou o que parecia ser o último, pois a próxima pessoa estava longe dele uns 50 metros.
Perguntei se o cara estava na fila, ele disse que sim e me posicionei atrás dele (sem conotação sexual, por favor).
Fones no ouvindo, rolando Metallica no meu mp3 player, sinto alguém me cutucar o ombro. Olhei para trás, tirei os fones do ouvido e o cara diz:
"Você vai comprar ingressos para o Guns?"
"É, pretendo."
"Então, o final da fila é lá" Disse ele apontando quase para a esquina.
O.O
What the fuck????
Mais um pouco e a fila chegava no BH Shopping (acredite, isso é longe. Lá na saída de BH para o RJ)
Abortar missão soldado!
Na quinta (ontem) levantei cedo e as 8h30min eu estava na fila, em frente a entrada da bilheteria que só iria abrir as 12h. Eu era o quarto membro da fila que começava se formar. O primeiro, um carinha bem Guns, com cabelo meio comprido, bandana estilo Axl Rose na cabeça, camisa preta, jeans surrado e "Guns N Roses" tatuado no ante-braço, lá de Ibirité, que chegou as 06 da manhã.
O segundo, um cara de camisa preta, cabelo comprido, jeans e de Lafaiete (-_-") mas mora em Contagem.
O terceiro, um ex-militar, cabelo normal, camisa cinza e jeans, de Alfredo Vasconcelos (depois de Lafaiete, antes de Barbacena).
O quarto, um cara de camisa azul marinho, jeans claro, cinto de ilhós e tênis all star (o que vos escreve).
Chegaram mais uns três caras e passados alguns minutos já estávamos todos sentados no chão, conversando e todo mundo que passava pela avenida Nossa Senhora do Carmo, na Savassi, olhava pra gente.
Putz, primeira vez que tenho que ir cedo para uma fila para comprar ingressos para show. Dá uma emoção muito boa estar ali, largado, sentado no chão esperando a bilheteria abrir, para comprar ingresso para curtir um rock, sem contar a plaquinha escrito "Ingressos Guns N Roses «-------"
Caralho! Não tem a palavra "Cover". Sempre vemos "Guns N Roses Cover". Dessa vez não é Cover. Putz, até sinto um frio percorrer minha coluna vertebral.
Outras pessoas foram chegando, se misturando a nós e, como diria @vgleao, a Malária foi se reunindo.
Porém, sempre tem aquele que quer aparecer, causar e se achar o tal. Não demorou muito apareceu um ser deste, de bermuda jeans, camisa azul escura e começou a puxar papo. Em menos de um minuto ele já tava se achando o centro das atenções, reclamando do local onde ia ser o show, que a acústica é um lixo, que se alguém fosse comprar pista premium ia jogar dinheiro fora, (o primeiro da fila tava querendo comprar esse ingresso) que ele foi no show do Iron e foi uma merda, que o Axl já não aguentava mais nada e passado um tempo ele era o único que falava. Todos já estavam mudos, novamente de pé, encostados na grade e ele lá, na frente, reclamando.
A cada vez que ele falava mal do Guns eu via o olho do primeiro da fila entrar em combustão e se pudesse ele ia matar esse pseudo-malária (ou deveriamos chamar de Dengue?)
A hora foi passando, a fila crescendo, o Dengue continuava reclamando, a vontade era de falar "Não vai no show então porra!" e todos que chegavam pediam alguma informação aos primeiros da fila.
O legal foi que chegou um cara e falou:
"Ow, cês tão na fila para o ingresso do Guns?"
"Sim!"
"Ah... só! Ow, quanto que tá a pista, lá na frente?"
"Óh, pista premium, lá na frente é o único ingresso que ainda tem do 1º lote, porque arquibancada e pista normal acabou tudo ontem, no primeiro dia. Tá 500 conto a inteira"
"Porra, 500 reais? Ah não, eu gosto de Guns, mas não gosto tanto assim não."
O cara virou as costas, foi embora e rolamos de rir.
A fila foi crescendo, já ultrapassava a entrada do estacionamento e uma mulher foi até nós, os primeiros da fila, pedir para virarmos a fila para o outro lado, pois assim todos teriam mais sombra e saíria d frente do estacionamento.
Nos entre olhamos, ninguém disse não e viramos a fila.
Muito legal a sensação de poder!
Começamos a mudar de direção e aquele bando de gente nos seguindo, fazendo o mesmo. Como isso já era quase meio dia, a galera foi tomando seu lugar na fila e o Dengue foi lá pra trás.
Depois de virarmos a fila, olhei para a galera e disse: "Haha, gostei desse poder. Podemos fazer todos voltarem para o outro lado se quisermos."
Logo depois vieram os seguranças e começaram a colocar as grades, formando um verdadeiro corredor de gado para o abate, porém ninguém reclamava.
A adrenalina foi subindo, eu comecei a ficar impaciente, batucava na grade e meu anel fazia barulho. Percebi que incomodava e parei. Em pé, cruzei as pernas e ficava batendo com a ponta do tênis no chão.
O primeiro da fila ainda não sabia qual ingresso comprar. Ele queria muito a pista premium, mas depois dos comentários do Dengue ele ficou meio down.
Virei pra ele e falei: "Cara, vc curte muito guns?"
"Pra caralho cara!"
"Você pode pagar premium?"
"Posso, vou comprar meia entrada!"
"Você sabe quando você vai ter outra oportunidade dessa na sua vida?"
"Não, não sei."
"Então pronto, vai de premium e depois conta pra gente como foi, porque eu vou estar na arquibancada".
Nisso chegou uma senhorinha, de cabelos brancos já, foi entrando na frente e disse que por ser idosa tinha prioridade. Achamos que ela estava no lugar errado, mas começamos a puxar papo e descobrimos que ela estava no local certo. Ela já tinha ido duas vezes no rock in rio, já tinha assistido Guns no rock in rio, disse que ia ver de novo aqui em BH e se eu tivesse uma máquina fotográfica ia tirar foto com ela.
Perguntei novamente ao primeiro se ele tinha chegado a uma decisão e o cara como uma criança, respondeu feliz: "Já!"
12:02, bilheteria aberta e o sinal do segurança para descermos as escadas. A sehorinha foi puxando a fila, todos acompanhando os passos dela. Agora eu era o o quinto elemento e seguia em fila indiana pelos corredores de acesso a bilheteria interna do Chevrolet Hall BH. Frio na barriga, brilho no olho e um sorriso estampado na cara.
12:15 - Deixo o local com meus ingressos na carteira.
Nando, brotherzinho: Somos nós no Guns N Roses!!!!!

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Atenção e Perfeição aos Detalhes

É isso ai pessoal, vamos falar um pouco daquilo que faz toda a diferença na prestação de um serviço: Os Detalhes.
Detalhe - Substantivo Masculino - 1 - Ato ou efeito de detalhar - 2 - Pormenor - 3 - Particularidade, minnúcia.
Essa é a definição do dicionário e trazendo para a área da hotelaria (vocês realmente acham que eu não ia trazer isso para a minha realidade?) eu destaco a palavra Pormenor e Particularidade.
São nos pequenos gestos que conseguimos mostrar um serviço de qualidade, que conseguimos tocar a alma de nosso cliente e cativá-lo (leia fidelizá-lo).
Eu tenho muito orgulho de ter aprendido essa arte dos detalhes com pessoas que realmente sabiam e sabem o que faz. Profissionais excelentes, pessoas brilhantes!
Por um outro lado sinto bastante tristeza de não poder estar mais colocando essa "arte dos detalhes" em prática.
Lembro com carinho quando coloca para um cliente um simples cartão escrito "Bem Vindo Sr. Fulano, desejamos um bom dia e oferecemos este chocolate para um início melhor" acompanhado de uma trufa.
Uma vez atendi uma pessoa na recepção e ao digitar a ficha de hospedagem no sistema percebi que era aniversário dessa pessoa. Perguntei ao meu supervisor imediato se podiamos mandar algo, como um bombom e um cartão. Ele simplesmente disse: "Manda nada não, mexe com isso não".
Isso me deixa muito desiludido, pois a missão da empresa começa exatamente com "Encantar clientes". Com isso percebemos que as pessoas não trabalham em sintonia com a missão da empresa.
Lembro quando trabalhava no sul, que se fossemos receber um hóspede vip, sempre tinha algo de diferente no quarto. Sem contar nas pessoas que passavam para garantir se estava tudo ok. A arrumadeira fazia a arrumação normal, depois alguém colocava o item vip, aí a supervisora de andares conferia tudo, se era um cliente de eventos eu ou alguém da minha equipe ia lá ver como que estava, depedendo do hóspede ainda ia a gerente de alimentos & bebidas e/ou gerente de plantão, sem falar na gerente geral.
Hoje recebi alguns hóspedes Vips na empresa na qual trabalho. Hóspedes esses da própria empresa. O último que recebi era o que diziam ser o mais importante. Check-in expresso preparado, ele chegou, entreguei o envelope, expliquei sobre café da manhã, internet e alguns outros itens que ele perguntou, não esquecendo de me apresentar, claro (tomei cuidado também para deixar o crachá virado pra frente, pois assim nome e foto ficam visiveis. Não que eu queira que a foto fique visivel, mas ok). Ele agradeceu com um sorriso no rosto e subiu.
Depois mexendo na reserva dele estava lá: Chamar gerente de plantão para recepcionar (Já era, a pessoa responsável já estava longe!) Gente, se o hóspede é VIP, ele é vip e pronto. É papel do gerente de plantão ou a quem tenha sido designada a função de recepcioná-lo, aguardar por este hóspede independente do horário que ele chegue.
Não trocar de apartamento era uma outra exigência: Ok!
Itens no apartamento: frutas, vinho, etc etc etc.
Mais tarde recebo uma ligação do hóspede vip, dizendo que adorou as boas vindas, mas ele queria degustar o vinho e não localizava o saca-rolhas.
Pois é, colocaram uma garrafa de vinho para o cara e não deixaram o saca-rolhas lá.
Ligo para o serviço de quarto e escuto algo do tipo: "Ah, a gente não tem saca-rolhas aqui não".
Fui obrigado a falar um "Se vira! O Hóspede é o fulano de tal, de tal lugar e pode simplesmente madar todos nós embora".
Porém, de nada adianta se você recebe um pedido de um cliente, delega a alguém resolver e depois não checa se foi resolvido. Passados alguns minutos, liguei no apartamento do hóspede, me identifiquei e ele já me tratou com um "Oi Rosalvo, tudo bem?" e me certifiquei de que tinham realmente arrumado um saca-rolhas para ele.
A estada dele pode ser uma porcaria, pode dar muita coisa errada ainda, mas tenho certeza que ele vai lembrar do nome da pessoa que o atendeu na entrada, que solicitou o saca-rolhas para ele e depois ainda conferiu se ele precisava de mais algo.
Outro detalhe, ou a falta dele, que também ocorreu hoje foi a chegada de 09 hóspedes chineses. Para quem não sabe, é hábito dos orientais ingerir água morna e essa solicitação foi feita. Agendamos um horário, liguei e solicitei um serviço. Para começar o colaborador que atendeu chamou isso de "doença". "Ah meu deus, que doença essa deles de tomar água quente".
Deu vontade de falar: "Pois é, para alguns povos você tomar banho todo dia é realmente sinônimo de doença".
Enfim, só posso dizer que a realidade é mesmo dura e em alguns casos triste.

domingo, 3 de janeiro de 2010

Um ano dourado 2010

Pois é, esse é o mantra para 2010. Entoe-o sempre para atrair energias positivas.
Por falar em 2010, o post anterior foi sobre Natal, 2009, então esse vai ter que ser sobre o Reveillon.
Trabalhei até as 22h e sem grana, não tinha muito o que fazer, com isso fui pra casa, em BH, para simplesmente ficar enchendo a cara de whisky. Whisky esse que eu sequestrei da "coleção" do meu pai. Sim, porque ele ganha tantos que já virou coleção, aí peguei um repetido XD
Telefonenas, pais, amore mio, amigos, música, um dos meus companheiro de Ap e um camarada do trabalho que mora no mesmo prédio, que já foi mencionado em posts anteriores.
Os meninos misturando whisky com guaraná e eu colocando só gelo. Peguei o meu cafeinômetro e colocava lá no "uhul". Não deu outra: Fiquei chapado, pra lá de Bagdá, Marrakech.
Deitei na minha cama e depois só lembro de estar pendurado na janela do meu quarto, no 12º andar, "gorfando" todo o whisky ingerido lá embaixo.
Sabe, acho que tenho um caso de amor com janelas. Já fiquei pendurado na janela do sítio do Igor, a long time ago, bêbado. Já fiquei na janela do Ap da Greice, alcoolizado, já fiquei pendurado em várias janelas de carros de amigos, também chapado.
Dia 1º, não tive escolha: Uma jornada de 12 horas de trabalho de ressaca. Por que não dizer nas primeiras 8 horas ainda alcoolizado? Que vergonha Júnior Souza!
Minha única refeição A única refeição que parou no meu estômago foi um misto quente depois das 22h30min.
Ainda no dia primeiro resolvi que iria, no próximo dia, assistir Avatar 3D, já que no segundo dia do ano iria trabalhar (e trabalhei) das 18h as 06h.
Levantei cedo e fui para o cinema com o Dudu (que faz estágio no hotel) e o irmão dele com destino ao Pátio Savassi. Ah, a Savassi... *.*
E o filme? (Calma @juciellen, não vou dar spolier) É ducaralho! Muito bom mesmo. Todos devem assitir. Sim, eu chorei. - Júnior, como você chorou vendo Avatar?- Ah, fiquei pensando até onde o homem é movido pela ganância, sem se importar realmente com a vida e os valores dos outros? Até onde vai a simples vontade de ter mais dinheiro, dinheiro e dinheiro, se fudendo tudo e todos a sua volta? Não quero colocar um filho no mundo para viver assim, porém acho que o destino do mundo não é outro. =(
Trabalhei minhas 12 horas, fiquei com um olho altamente vermelho, depois a vermelhidão passou e virou simplesmente um pigmento vermelho no meu globo ocular. Odeio quando isso acontece, mas acontece se eu não durmo ou se forço muito meu sentido chamado visão.
Acordei hoje, dia 03 as 14h26min com uma menina que trabalha comigo me ligando dizendo que eu poderia entrar as 22h e sair as 06h. Nada de jornadas de 12 horas hoje. , até que enfim alguém resolveu olhar para a escala e ver que todos estavam trabalhando em seus horários normais, somente uma pessoa que trabalha das 22h às 06h de folga então eu só preciso ir trabalhar no lugar dessa pessoa.
O que fazer até as 22h?
Cinema!
Lá fui eu para o Shopping Cidade, que fica há 3 quadras de casa, assistir "Contatos de 4º grau". Gostei, para mim é mais uma espécie de documentário do que filme. Baseado em fatos reais e a personagem principal é representada pela Mila Jovovich. Recomendo também, mas rezem para não ter um casal quase copulando ao seu lado no cimena e nem uma mãe pirra-adolescente que leva o recém nascido para o cinema.