domingo, 21 de agosto de 2011

Emaranhado de idéias

Em uma manhã de domingo, com sol na medida certa, sem esquentar muito, lá estava eu. Sentado em um banco de madeira, em uma praça pública, de uma cidade que não era uma capital, sob a média sombra de uma árvore, ao lado de um amigo, olhando as pessoas caminhando pela praça, levando os pequenos filhos para brincarem e seus cachorros para passear.
Observando os pássaros que voavam, uma pergunta chegou aos meus ouvidos "Júnior, você tem vontade de voar. Não tem?"
"Tenho!"
"Então por que não vai fazer um curso de comissário ou de piloto?"
Dei um leve sorriso, olhei para o céu encostando as costas no banco e virando a cabeça para trás. Olhei para a pessoa que me fez a pergunta e respondi:
"Primeiro porque EU não me vejo assim, segundo porque meu voo não é assim. Meu voo é ser livre. Eu nasci para voar"
O meu voar é correr livre pelo campo, ou pela praia. Subir no alto de uma montanha, abrir os braços e sentir o vento tocar meu corpo enquanto eu observo os carros passando na estrada lá embaixo. É dirigir pelas estradas sem hora de chegar a um destino talvez incerto. É mergulhar no mar e por que não fazer isso nu?
O meu voar é doar o meu amor a quem eu desejar e abraçar forte uma pessoa que quero bem, que se pudesse manteria em uma redoma de vidro, junto com todos os que amo para que nada de ruim acontecesse. Os colocaria na minha mochila para tê-los sempre comigo.
Querer poupar as pessoas da dor, quando não posso poupar a mim mesmo. Egoísmo da minha parte, possessividade ou existe outra resposta para isso?
Já amei de forma Eros. Hoje não sei se amo dessa forma. Acredito que não! Um amor Eros ao qual me entreguei, fiz planos, mudei planos, percorri distâncias e hoje esse amor Eros não é mais Eros, apesar de ainda estar presente, mas não na mesma forma.
O amor Philos, que deve andar junto com o Eros e andava. Mas agora o Eros não existe mais. Ficou somente o Philos, se é que isso que ficou se chama amor.
Por outras pessoa sinto uma onda gigante que me invade o peito, causando um verdadeiro maremoto no meu coração e uma sensação de bem estar que me toma, me deixando com brilho no olhar. Seria isso Ágape? Talvez seja somente platonismo, daí a idéia ser melhor que a matéria.
Seja lá o que for isto que está aqui eu não sei se luto contra ou se tento explicar. Só sei que é uma forma de amor e que as vezes nos leva a cometer algumas loucuras e que não desejo mal nenhum. Nunca desejei, nunca desejarei.
"E que as minhas loucuras sejam perdoadas, pois metade de mim é amor e a outra metade... também!"

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